terça-feira, 9 de setembro de 2008

A Família e a Escola


Escola e família devem estabelecer uma relação pautada no respeito, na confiança e na troca de idéias. Aprender depende muito da identificação dos alunos com aquele que ensina. Quantos vão bem numa determinada matéria por gostar do professor? Para que isso ocorra, precisa haver atitudes positivas da família para com a escola que, por sua vez, deve ter consideração pelos diferentes públicos que atende. Simples e óbvio, não? Nem sempre. Há exageros de ambas as partes. As escolas vêm perdendo o status de autoridade, já que algumas famílias contestam qualquer atitude delas em relação aos seus filhos. Muitos consideram desrespeito estabelecer regras e exigir o cumprimento. Pais assim não atentam para o fato de que regras são necessárias para a convivência em grupo. E é no ambiente escolar que os pequenos iniciam a ampliação da convivência social, passo importante no processo de crescimento e socialização. Nos casos em que se confronta e desautoriza a escola, sua imagem vai se desgastando e o resultado inevitável é a perda do respeito. Se os pais, figuras de autoridade máxima, não aceitam a sua linha de conduta, os filhos menos ainda. O que não quer dizer que eles não devam ficar atentos e intervir diante de condutas inadequadas que a escola possa vir a ter. A Escola não é Absoluta!!! Quando a escola se coloca como detentora da verdade, é sinal de que não está cumprindo bem o seu papel. E, nesse aspecto, algumas se excedem. Qualquer aluno fora do padrão esperado é visto como problema. E tome discurso sobre a má criação da família, não raramente com explicações psicológicas que os próprios profissionais da área não ousariam dar. Diante de uma situação assim, outra coisa bastante comum é a argumentação de que determinada criança não serve para a escola. Em verdade, o que ocorre é o oposto: a escola é que não está apta para aquele aluno - o que, aliás, não é demérito. Nenhuma instituição, ou mesmo profissional, pode se dizer preparado o suficiente para toda e qualquer situação. E, ao julgar o aluno culpado, não está contribuindo em nada para seu crescimento e formação. Por fim, família e escola devem se unir na difícil tarefa de formar pessoas. Isso dá trabalho e requer reflexão constante sobre o mundo e os seres humanos e acima de tudo requer reflexão de ambas as partes.

Retirado do site G1, escrito por Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga

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